quinta-feira, 8 de março de 2012

Sarney abre exposição sobre 80 anos do voto feminino no Brasil


Como parte das comemorações do Dia Internacional da Mulher, o presidente do Senado, José Sarney, abriu nesta quinta-feira (8) a exposição “80 Anos do Voto Feminino no Brasil”. Fotos, jornais e outros documentos históricos que narram a conquista do direito de voto das brasileiras estão expostos no Espaço Senado Galeria e podem ser visitados diariamente até 8 de abril. José Sarney observou que a exposição mostra a ascensão feminina ao universo da política. Ele ressaltou que, desde sua chegada ao Congresso Nacional, há 50 anos, a mulher se faz presente em funções importantes do Senado, o que se tornou uma tradição na Casa.
– Aqui sempre foi uma tradição no Senado. Desde que aqui cheguei, há 50 anos, que nós temos que seguir o matriarcado. Sempre fomos governados por mulheres aqui – disse José Sarney, citando como exemplo a atuação da 1ª vice-presidente, senadora Marta Suplicy (PT-SP), da diretora-geral, Dóris Peixoto, e da secretária-geral da Mesa, Claudia Lyra.
Na avaliação de Marta Suplicy, o Brasil ainda possui pouca representação feminina no Congresso. Ela informou, por exemplo, que na Argentina e na Costa Rica mais de 30% das cadeiras do Parlamento são ocupadas por mulheres, enquanto que no Brasil, há cerca de 10 anos, a participação feminina é de 10%.
– Quando você mantém o mesmo número em mais de dez anos, eu diria que não é estagnação, não. É retrocesso – disse Marta Suplicy, que participou da solenidade em companhia de sua neta, Maria Luíza.
A mostra, que comemora os 80 anos do voto feminino, é organizada pela Diretoria Geral do Senado e pelas secretarias da Biblioteca, de Informação e Documentação e de Arquivo, todas coordenadas por mulheres, como destacou Dóris Peixoto.
A diretora-geral também informou que no Senado há 6.262 servidores, dos quais 2.568 são do sexo feminino, com 86 mulheres em cargos de comando. Ela ainda avaliou como “pequena” a presença de 11 senadoras em exercício em relação às 81 vagas ao Senado.
– É pouco. É preciso que mais mulheres tenham a coragem de entrar na política e tentar uma eleição – recomendou. 

Iara Farias Borges/Agência Senado

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