terça-feira, 13 de março de 2012

Povos indígenas do Oiapoque serão beneficiados com Centro de Atendimento e Capacitação

É um projeto ambicioso que fortalece os recursos humanos indígenas em termos de capacitação para fazer a gestão das riquezas naturais, não só na área ambiental como também de direitos sociais. Os povos indígenas do Oiapoque estão ansiosos pela inauguração do Centro de Atendimento e Capacitação que está sendo construído em uma área de 840 metros quadrados situada na aldeia do Manga. A obra, tocada pela empresa Enec Engenharia, foi viabilizada por recursos na ordem de R$ 1.132.424,89, fruto de emenda parlamentar da deputada federal Dalva Figueiredo. A Coordenadoria Regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Macapá informou que a obra iniciou em fevereiro de 2011 e será concluída ainda este mês. A inauguração, no entanto, está prevista para abril. A partir daí começam os trabalhos e cursos que serão desenvolvidos de forma contínua no centro. Isso representa um grande avanço para os povos indígenas do Oiapoque em termos de recursos humanos qualificados. O coordenador regional da Funai em Macapá, Frederico de Miranda Oliveira, disse que o Centro de Atendimento e Capacitação tem o objetivo de melhorar o atendimento das comunidades indígenas do Oiapoque na área de direitos sociais e de possibilitar a capacitação em diversas áreas do conhecimento através de cursos, tais como de preparação de agentes de saúde (AS) e formação de agentes ambientais indígenas (AAI). Frederico Miranda considera o projeto ambicioso, pois fortalece os recursos humanos indígenas em termos de capacitação para fazer a gestão das riquezas naturais, não só na área ambiental como também na área de direitos sociais. Os índios têm demandas nas aldeias relacionadas a manutenção de motores a diesel e a gasolina, motores marítimos e grupos geradores. Também precisam de instruções na área de eletricidade residencial, pois todas as aldeias possuem energia elétrica, mas não têm indígenas para trabalhar nesse setor. O mesmo quadro se encontra em relação a manutenção de computadores. “O principal é a questão da gestão ambiental e territorial porque já tem programas sendo trabalhados nas aldeias. É preciso formar agentes ambientais indígenas e agentes de pesca. Seguindo essa linha poderão trabalhar a gestão dos recursos naturais existentes de forma sustentável. Agora se terá um lugar para executar essas ações com apoio de várias instituições governamentais e não governamentais”, concluiu Frederico.

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