quarta-feira, 21 de março de 2012

Parlamento celebra Dia Internacional da Síndrome de Down


Em solenidade do Senado e da Câmara dos Deputados, foi celebrado, nesta quarta-feira (21), o Dia Internacional da Síndrome de Down. Durante o evento, realizado no Salão Negro, que interliga as duas Casas, foram homenageadas pessoas, organismos e instituições que promovem e realizam ações concretas e projetos bem sucedidos de inclusão social. A cerimônia é uma iniciativa do deputado federal Romário (PSB-RJ) e do senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Ambos são pais de crianças com Síndrome de Down. O evento também marcou o lançamento do portal Movimento Down (http://www.movimentodown.org.br/) que, conforme explicou Lindbergh, pretende ser uma referência para todos os que buscam informação sobre o assunto. Na ocasião, também foi aberta consulta pública do Protocolo de Saúde para a Síndrome de Down, cuja finalidade é estabelecer procedimentos padronizados para o atendimento na rede de saúde.
- Estamos celebrando hoje não apenas o dia 21 de março, mas ações concretas como o lançamento do portal e do protocolo em prol dos portadores de Síndrome de Down – destacou Lindbergh Farias.

Homenageados

Dentre os homenageados durante a cerimônia por ações de inclusão social, estavam Evaldo Mocarzel, diretor do filme “Do luto à luta” – documentário que retrata as dificuldades e potencialidades da Síndrome de Down; a presidente da ONG Meta Social, Helena Werneck; e as Organizações Globo, pelo trabalho desenvolvido em relação ao tema. Também receberam homenagem o estudante universitário Kalil Assis Tavares, portador da Síndrome, por sua aprovação em 1º lugar para o vestibular de Geografia na Universidade Federal de Goiás (UFG); o assessor parlamentar Rodrigo Marinho de Noronha, pelo trabalho de inclusão desenvolvido na Câmara dos Deputados; além de Breno Viola, editor de conteúdo do portal Movimento Down. Na solenidade, houve também exposições de pinturas e fotos feitas por portadores de Síndrome de Down, apresentações musicais e do grupo de dança “Eu Danço”, formado por portadores de necessidades especiais.

Data

O Dia Internacional da Síndrome de Down é celebrado no Brasil e em mais 40 países. A data foi reconhecida por resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) em dezembro do ano passado e é resultado de um esforço liderado pelo Brasil junto à Assembleia Geral desse organismo. O Brasil ratificou, em 2008, com status constitucional, a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Este foi o primeiro passo para o país se lançar como líder nas negociações que culminaram na aprovação, na Assembleia Geral da ONU, em dezembro do ano passado, da resolução que instituiu 21 de março como Dia Internacional da Síndrome de Down.
- O protagonismo do Brasil no plano internacional está relacionado ao engajamento da sociedade brasileira internamente sobre essa causa – salientou o Ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota.
José Sarney, Lindbergh Farias e Romário também ressaltaram que a comemoração do Dia Internacional da Síndrome de Down foi uma conquista do governo brasileiro na Organização das Nações Unidas.

Trissomia do Cromossomo

O 21 de março foi escolhido como Dia Internacional da Síndrome de Down porque a data se escreve como 21/3 (ou 3-21, em inglês) – uma alusão à trissomia do cromossomo 21, indicador da Síndrome de Down. A denominação da síndrome vem do sobrenome do médico inglês John Langdon Down que, em 1866, fez as primeiras observações detalhadas sobre esse grupo de pessoas na sociedade. O que abriu espaço para estudo e tratamento. A Síndrome de Down não é uma doença. É uma ocorrência genética natural que acontece por motivos desconhecidos, na gestação, durante a divisão das células do embrião. É uma alteração cromossômica, quando crianças nascem dotadas de três cromossomos (trissomia) 21, e não dois, como o habitual. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a cada 800 partos, nasce uma criança com Síndrome de Down. No Brasil, estima-se que essa alteração genética seja registrada em cerca de oito mil bebês por ano. Entretanto, ainda é grande a dificuldade de acesso a informações, profissionais e aparatos necessários para o pleno desenvolvimento das crianças nessa condição.

Agência Senado

Um comentário:

  1. PROPOMOS CRIAR EQUIPES DE PESQUISAS CLINICAS SOBRE SÍNDROME DE DOWN E OUTRAS DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS. QUANDO A MOTIVAÇÃO É ROMPER BARREIRAS DO DESCONHECIMENTO,AINDA MAIOR QUE O QUE A CIÊNCIA JÁ DESCOBRIU ATÉ O PRESENTE,A ATENÇÃO EM IMPLEMENTAR RECURSOS HUMANOS E TÉCNICOS PARA ESTA MISSÃO DEVE NOS UNIR.
    PROF. JOÃO CARLOS HOHL ABRAHÃO
    PHD NEUROCIÊNCIAS, Goettingen ,Alemanha. Professor associado UnB. PESQUISA EM SAÚDE MENTAL E COMPORTAMENTO, alternativas de tratamentos.

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